Três exemplos que deviam inspirar a Câmara de Braga

A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis anunciou em Dezembro a aquisição da Garagem Justino. Trata-se de um prédio dos anos 40 do século XX que, constituindo uma referência arquitectónica da cidade enquanto antiga oficina de reparação automóvel, irá dar lugar a centro cultural dedicado às artes plásticas.

A autarquia de Estarreja lançou em Dezembro um concurso público, no valor de 1,2 milhões de euros, para transformar o edifício da antiga fábrica de descasque de arroz num Espaço de Memórias, numa zona multifuncional e numa área de restauração. A antiga fábrica do descasque do arroz é “um marco histórico no concelho de Estarreja”, garante o presidente da Câmara de Estarreja, Diamantino Sabina. A fábrica foi instalada junto à estação da CP nos anos 20 do século passado e para a sua laboração foi feito um pequeno açude no Rio Antuã e montada uma turbina hidroeléctrica, aproveitando os antigos moinhos da Quinta da Costa, que fornecia energia à unidade fabril, mas também para a iluminação pública de algumas ruas da vila. Como é que o Município de Estarreja consegue avançar com esta obra e o de Braga diz que tem de vender a Fábrica Confiança?

Outro exemplo, a Câmara Municipal da Marinha Grande adquiriu em Dezembro a antiga Fábrica Escola Irmãos Stephens (FEIS), pelo valor de 1,2 milhões de euros. “Hoje é um dia histórico para a Marinha Grande. Hoje vemos concretizado um sonho antigo. O legado patrimonial que a família Stephens deixou no coração da Marinha Grande finalmente pertence aos marinhenses (…) O nosso investimento neste património não acaba por aqui, agora é necessário reconstruir e requalificar, dando uma nova vida e utilidade aos edifícios deste antigo e gigante complexo industrial, continuou”, disse a presidente da Câmara da Marinha Grande, Cidália Ferreira. O antigo complexo industrial é popularmente conhecido por Fábrica Velha.